
O que é deficiência intelectual?
É uma condição complexa identificada pela diminuição significativa do funcionamento intelectual durante o período de desenvolvimento, afetando a comunicação social e as habilidades práticas.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado principalmente por testes padronizados para análise do quociente de inteligência (QI), sendo considerada deficiência intelectual quando o QI é inferior a 70. Em crianças pequenas, o diagnóstico inicial é atraso global do desenvolvimento.
Classificação da OMS de Deficiência Intelectual (DI) conforme o QI:
DI leve: QI 50 a 70 – Frequência 85%
DI moderada: QI 35 a 49 – Frequência 10%
DI grave: QI 20 a 34 – Frequência 3% a 4%
DI profunda: QI menor 20 – Frequência 1% a 2%
Todas crianças podem fazer os testes de QI?
Não, os testes são aplicados em crianças maiores de 5 anos. Antes dessa idade, crianças suspeitas são diagnosticadas com atraso global do desenvolvimento, observando alterações na linguagem, dificuldades motoras finas, atraso na autonomia, alterações no comportamento e competências sociais.
Qual o risco de deficiência intelectual?
Segundo a OMS, em países de baixa e média renda, a prevalência é de 2 a 3% na população infantil, enquanto em países de alta renda, é de 1 a 3%.
Quais os principais fatores que causam a deficiência intelectual?
Existem causas genéticas e não genéticas. Causas genéticas incluem mais de 1000 genes associados, sendo as mais frequentes a Síndrome de Down (1:700 a 1:100 nascidos vivos) e a Síndrome do X Frágil (1:5000 nascidos vivos). Causas não genéticas, em sua maioria, são externas ou ambientais, afetando o cérebro durante a gestação, parto ou nos primeiros anos de vida, como o uso abusivo de álcool durante a gestação (Síndrome Alcoólica Fetal ou Transtorno do Álcool Fetal) e infeções congênitas que prejudicam o sistema nervoso central, como meningite, encefalite e traumas cranianos.
Referências bibliográficas:
– American Psychiatric Association. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders. 5th ed. Washington: American Psychiatric Association, 2013.
– Johnson CP, Walker WO Jr, Palomo-González SA, Curry CJ. Mental retardation: diagnosis, management, and family support. Curr Probl Pediatr Adolesc Health Care. 2006 Apr; 36(4): 126-165. DOI: 10.1016/j. cppeds.2005.11.005.
– Huang J, Zhu T, Qu Y, Mu D. Prenatal, perinatal and neonatal risk factors for intellectual disability: a systemic review and meta-analysis. PLoS One. 2016; 11(4): e0153655. DOI: 10.1371/journal.pone.0153655.
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